sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sociedade de diabetes reclama da falta de drogas mais modernas no SUS


Saúde


 



#COMENTÁRIO




Jogo de quebra de braço? Uma nova marca de insulina no mercado, mais moderna coloca a sociedade de diabéticos e o Ministério da Saúde em confronto direto, acirrando críticas e defesas por ambas as partes.
Por ora, não é possível definir se o problema é de interesse médico ou comercial. As alegações de ambas as partes são válidas, mas o que chama a atenção é esse esforço fora de dimensões que a associação está fazendo, leva-nos a crer que haja um interesse maior em colocar o medicamento no mercado em detrimento de sua liberação nos testes laboratoriais para o comércio.
Parece-nos que temporariamente os usuários estão sendo atendidos em segurança com os antigos medicamentos. Esta é uma visão leiga sobre o assunto e não cabe como opinião a influenciar quaisquer decisões.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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JOHANNA NUBLAT - DE BRASÍLIA - 19/09/2014  

A Sociedade Brasileira de Diabetes critica a decisão do Ministério da Saúde, publicada neste mês, de não incorporar na rede pública a oferta de uma categoria mais moderna de insulina usada no controle da diabetes tipo 1.
Esse tipo de diabetes costuma ter diagnóstico na fase da infância e adolescência.
O foco da queixa da entidade é a rejeição, pela Conitec (comissão da Saúde que chancela novas tecnologias no SUS), da oferta da insulina análoga rápida.
A entidade defende que esse tipo de insulina melhora o controle do açúcar no sangue e é mais seguro porque reduz a chance de episódios graves de hipoglicemia.
Segundo Walter Minicucci, presidente da sociedade, a insulina análoga age de maneira mais rápida que a insulina regular ofertada pelo SUS - começa a funcionar entre 10 e 15 minutos em vez de levar de 30 minutos a 1 hora.
O médico diz que a sociedade defendeu, junto ao governo, a oferta da insulina mais moderna para pelo menos três grupos: crianças de até 13 anos, grávidas que têm diabetes e pacientes com hipoglicemia que não têm sintomas. "Pedimos o mínimo necessário, mas o governo brasileiro optou por dar um tratamento de segunda linha para os diabéticos."
Em seu parecer, a Conitec estima um custo de R$ 772 milhões para a oferta da insulina análoga rápida para 100% dos pacientes (cerca de 600 mil pessoas) durante cinco anos. Isso representa, segundo o próprio relatório, pouco mais que o dobro gasto com o medicamento hoje ofertado.
Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que o tratamento disponível "atende plenamente aos pacientes".

"Nenhum estudo aponta que as insulinas análogas são superiores nem demonstra que elas melhoram a sobrevida dos pacientes. Além disso, por ser um produto mais recente, encontra-se sob vigilância de pós-comercialização, não tendo segurança de longo prazo comprovada", disse a pasta via uma nota.

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