sábado, 13 de setembro de 2014

OMS cobra a ajuda do Brasil contra o ebola




#COMENTÁRIO

Está aí a prova de que o Brasil não está tendo qualquer interesse pelo assunto. Já temos comentado isso há algum tempo e não se vê qualquer reação governamental tanto em ajuda como em prevenção. Há relatos de pessoas oriundas daquela área infectada e que passou ilesa pelos terminais aéreos, os quais o governo diz manter extrema vigilância. Isso não dá votos na urna, não é?

A preocupação é que na hipótese de o ebola entrar em solo brasileiro, à revelia da segura vigilância da Corte, como nos safaremos desse enorme problema, considerando que nossa estrutura de atendimento médico emergencial e perene, nossos ambientes de trabalhos médicos podem ser considerados quase que de um país de primeiro mundo, segundo a Corte, o que será nós? Essa é uma realidade quase impossível de acontecer? Acreditamos nas mensagens vermelhas carimbadas com um estrelinha branca de que estamos preparados para isso?
Não vamos nem tecer comentário algum sobre a máquina propagandista que a matriz está fazendo sobre ter mandado ajuda efetiva para a África...

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#Disse

Carlos Leonardo



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O primeiro país a tentar capitalizar politicamente a situação é Cuba, que enviará em outubro 62 médicos e 103 enfermeiras para Serra Leoa
Estadão Conteúdo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se queixa da falta de uma iniciativa do Brasil para ajudar na crise vivida pela África diante do surto de Ebola. Em declarações à reportagem, a diretora-geral da entidade, Margaret Chan, deixou claro que um apelo foi feito para Brasília. Mas até agora nada foi recebido. “Falamos com o Brasil e pedimos ajuda. Estamos esperando”, disse Chan.
Ela fez um apelo para que governos de todo o mundo enviem 1,6 mil profissionais de saúde e de médicos estrangeiros de forma urgente para a África, como forma de frear a proliferação do vírus. Nesta sexta-feira, 12, Cuba anunciou o envio de 165 profissionais, maior contingente estrangeiro até agora. Eles desembarcarão em Serra Leoa no próximo mês. A doença já matou mais de 2,4 mil pessoas. “Não há indicação de que a epidemia esteja perdendo força”, alertou a OMS.
A entidade afirma estar “especialmente preocupada” com a Libéria, onde 400 novos casos foram identificados em apenas uma semana. A própria OMS admite que os números reais são muito maiores e os governos da região mais afetada alertam que é a existência dos Estados que hoje está em jogo. A entidade também assume que a previsão de até 20 mil atingidos pelo surto poderá ser superada. Diante desse cenário, a Organização das Nações Unidas passou a apelar diretamente aos governos. “Não há leitos para tratar Ebola na Libéria. Nossa resposta está se esgotando. Não há sequer sacos para cadáveres, material e nem salas de isolamento. Mas o que mais precisamos é de pessoas. Dinheiro é importante. Mas isso não vai parar o surto”, declarou Chan, que voltou a deixar claro que a região está “em guerra”.
Questionado pela reportagem se esperava que o Brasil enviasse médicos, a diretora evitou dar detalhes das negociações. “Não vou revelar o que estamos discutindo. Mas não podemos determinar o que cada país dará.” Segundo Chan, os três países mais afetados na África - Serra Leoa, Guine e Libéria - precisam de 600 médicos e mais de mil profissionais de saúde. Hoje, a OMS mantém apenas 170 pessoas na região. Na Libéria, menos de 200 médicos locais estão trabalhando para atender 4,5 milhões de pessoas. “Precisamos ampliar em quatro vezes nossa operação”, disse.

Cubanos
O primeiro país a tentar capitalizar politicamente a situação é Cuba, que enviará em outubro 62 médicos e 103 enfermeiras para Serra Leoa. Havana não perdeu a ocasião para transformar o combate ao Ebola em um palanque. Roberto Morales, ministro de Saúde de Cuba, explicou que todos os profissionais enviados vão em “caráter voluntário” e estariam dispostos a trabalhar ao lado “até mesmo de médicos americanos”.
Mas Morales insistiu que a ação de Cuba contra o Ebola “não é isolada”. “Há 55 anos damos apoio e solidariedade a vários países”, disse. Segundo ele, 25,2 mil médicos estão atuando em 32 países - no Brasil, integram o Mais Médicos. Contando os profissionais do setor da saúde, como enfermeiras, o número chega a 50,7 mil cubanos pelo mundo. Segundo Havana, em meio século eles promoveram 207 bilhões de consultas médicas e 8 milhões de cirurgias, além de imunizar 12 milhões de crianças.

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